2 Abril - 30 Abril 2015

Galerias: MAC álvares cabral

Artistas: Alberto Gordillo, António Carmo, Hilário Teixeira Lopes, João Duarte, Jorge Vieira, Luís Ralha, Vírgilio Domingues

O Grupo PARALELO foi fundado em 1974, após o 25 de Abril, por doze artistas, nove pintores e três escultores: Adão Rodrigues, Alberto Gordillo, Álvaro Perdigão, António Carmo, António Trindade, Cipriano Dourado, Estêvão Soares, Guilherme Casquilho, Hilário Teixeira Lopes, Ribeiro Farinha, Rogério Amaral, e Virgílio Domingues. A ele aderiram posteriormente vários outros artistas plásticos, entre os quais Boavida Amaro, João Duarte, João Hogan, Jorge Vieira, José António Flores, Luis Ralha, Maurício Penha, Noémia Cruz e Querubim Lapa, tendo sempre como lema, que a Arte como forma de comunicação, como resultado do homem com o mundo que o rodeia, necessita de clima, de independência, de larga amplitude, de temas e processos e de um estímulo que tornem possível tal fenómeno. Nascido numa época impar da nossa História próxima, o PARALELO foi também produto do sonho, por quase todos os portugueses então sonhando, em construir um Portugal melhor, onde até a Cultura e a Arte tivessem (finalmente) a sua oportunidade e vez. É sem dúvida representativo, o grupo de artistas portugueses das várias correntes do panorama artístico actual, de uma seriedade de pesquisa e de proposta, que o PARALELO nos proporciona. Apraz-nos registar que nas sucessivas exposições com que o Grupo PARALELO nos tem presenteado, um número considerável de artistas de renome bem firmado, têm aceite o prestigiante desafio, tais como Guilherme Parente, Lourdes Leite e Marília Viegas, dando continuidade a este magnifico projecto, fornecendo uma imagem, tão completa e fidedigna quanto possível, da situação da arte contemporânea do nosso país. Lado a lado, com os artistas mais novos, que têm vindo a serem convidados, os fundadores do Grupo PARALELO, continuam a contribuir de modo muito importante, para tornar mais completo e significativo o “retrato” da situação, os delineamentos do processo evolutivo da arte contemporânea portuguesa tal como nesta exposição que nos é hoje apresentada no MAC – Movimento Arte Contemporânea. Iniciado este diálogo em 1974, proposto sabiamente pelo Grupo PARALELO, é agora, passados 40 anos mantendo o seu ideal e o seu nome, a vez do público corresponder, interessando-se pela presença dos artistas, dinamizando futuros e permanentes contatos, que tão indispensáveis se tornam para estímulo daqueles e para a cultura do próprio público, procurando-se assim, por esta forma de comunicação pela Arte, contribuir para o desenvolvimento da cultura portuguesa. Felicitem-se pois, os excelentes artistas que fazem parte do Grupo PARALELO, pela sua persistência e pela grande qualidade de obras com que sempre nos presentearam, certo de que muitos deles têm sido, ao longo dos anos, responsáveis por obras sem as quais a própria cultura portuguesa, dentro e fora do país, não seria o que é.