O desenho é a chave mestra, tanto da arquitectura, como das artes gráficas, e esse elemento é a base forte da formação académica de João Abel Manta. Influenciado pelo Modernismo, em resquícios da segunda geração que ainda dominava a arte em Portugal e enriquecido pelo espírito renascentista/humanista da sua educação cultural, o resultado é o mais variado, sem nunca cair no banal, no já visto. Num projecto totalmente liberto de "tiques", vícios, ou amarras estilísticas. Cada trabalho é uma criação que surge na continuidade da sua obra geral, arquitectónica e pictoral, e não na simples evolução de uma linha gráfica. Em 1961, alcançou o Prémio de Desenho na II Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian. É uma referência no cartoonismo português, mas distingue-se também em muitas outras áreas ligadas às artes plásticas, nomeadamente na Pintura.