Júlio Pomar

Da pintura à escultura, passando pelas ilustrações, Júlio Pomar foi consagrado há muito como um dos nomes maiores da arte europeia. Principal cultor do Neo-Realismo na pintura portuguesa, de 1945 a 1957. Após cerca de 60 anos dedicados às artes plásticas, Júlio Pomar continua a dominar a técnica de forma admirável, criando quadros com pinceladas vibrantes, feitos de movimento e traços largos, que nos remetem para o lado lúdico da vida, numa versatilidade que impressiona – desde os auto-retratos, passando pela paisagem humana que o cercou, desde as manifestações de ordem social ou política até ao espectáculo das touradas, das corridas de cavalos ou do rugby, desde os bichos de companhia, tigres e macacos ou as fábulas e desconstrução dos mitos, o eixo central de toda esta produção é o Eros. De frisar ainda que os seus desenhos são parte fundamental da sua obra.